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SOL - DOADOR DE VIDA


O Sol, nossa fonte de luz e de vida, é a estrela mais próxima de nós e a que melhor conhecemos. Pela sua óbvia importância, o Sol está presente na mitologia de diversas civilizações de todo o mundo. Para os gregos, o globo brilhante que surgia para trazer o dia era o Deus Hélios. A imagem do Deus é sempre caracterizada pelos raios de luz que adornam sua cabeça e pelo carro envolto em chamas puxado por cavalos divinos que cruzam o céu em alta velocidade. Constantemente sobrevoando as altitudes, Hélios era o vigia do mundo, a luz que iluminava a vida do povo grego, aquele que tudo observava, o eterno Deus-Sol. Para os egípcios também existiam os seus representantes solares, e o mais antigo era Rá, o Deus Sol. Também é atribuída a ele a criação e a nomeação de tudo o que existe, de suas lágrimas surgiram os seres humanos que foram cuidados e providos para que nada lhes faltasse. Por esse motivo os egípcios eram considerados como o “gado de Rá”. O Sol é também considerado um símbolo de Cristo na medida em que os seus raios representam os seus apóstolos e pelo fato de refletir esperança, é um dos símbolos cristãos da ressurreição.

Muitas culturas personificaram o Sol em suas divindades por razões evidentes. A esfera luminosa que se ergue todos os dias no Leste foi inegavelmente relevante para as civilizações que a viam como um dos maiores ícones divinos que deveria ser deificado e adorado por toda a eternidade.

Cientificamente falando, o Sol é o centro gravitacional de nosso sistema planetário. O astro emissor de luz e calor que torna possível a origem e perpetuação da vida de grande parte das espécies em nosso planeta. Esta imensa esfera luminosa tem cerca de 696 mil km de raio e sua luz irradiada equivale ao brilho de mais de 600 mil luas cheias. Esta estrela de quinta magnitude é uma gigantesca bola de gases que queima continuamente há aproximadamente 4,6 bilhões de anos. A temperatura da superfície pode chegar a 6 mil graus Celsius, o que seria o suficiente para volatilizar rochas, mas nem se compara a temperatura em seu núcleo que atinge algo em torno de 20 milhões de graus. Toda essa brutal energia é produzida pela fusão do elemento hidrogênio em altíssima pressão pelo efeito da gravidade. Da fusão do hidrogênio surge outro elemento mais pesado, o hélio que vai entrando em ação conforme o estoque de hidrogênio vai diminuindo. Nesta nova fase terminal a energia produzida pelo hélio atingirá níveis tão devastadores que fará a estrela aumentar de tamanho engolindo Mercúrio, Vênus e até a Terra. Outros elementos mais pesados como o oxigênio, o carbono e o silício são produzidos mais vigorosamente no interior da estrela à medida que acontece a nova fase de intensa fusão nuclear. Mas felizmente a voracidade destrutiva só acontecerá quando o Sol estiver chegando ao seu fim, daqui a mais ou menos 5 bilhões de anos. Por enquanto, ele está na Fase Principal, ou seja, continua produzindo energia através da queima partilhada de hidrogênio e hélio. Para se ter uma ideia do poder que entrará em atividade em um futuro distante, as maiores explosões produzidas pelo homem foram conseguidas com as bombas de hidrogênio, no entanto esta força destrutiva não se compara ao imenso poder de fusão do hélio que fará o Sol crescer e atingir a fase de gigante vermelha.

Se o Sol apagasse de repente, só saberíamos 8 minutos e 18 segundos depois devido à imensa distância que se encontra de nós. Em poucas horas a temperatura despencaria e entraríamos em um inverno que modificaria permanentemente a paisagem e extinguiria praticamente toda a vida. A Terra então seria uma imensa rocha fria e escura a errar eternamente pelo espaço.

É graças à sua energia que as plantas realizam fotossíntese, processo que garante a vida das próprias plantas e de todos os animais, incluindo o homem. O Sol é, também responsável pelo movimento dos oceanos, pela formação dos ventos (aquecimento do ar) e pelo ciclo da água, responsável pelas chuvas que garantem o fornecimento de água na natureza. É o seu calor que transporta a água do mar e da Terra para grandes altitudes, de onde volta, na forma de chuva e neve. Além disso, o Sol tem papel fundamental na nossa saúde. Por seu intermédio sintetizamos a Vitamina D. Ela é uma das vitaminas solúveis em gordura, assim como as vitaminas A, E e K, o que significa dizer que ela se dissolve em gordura e pode ser estocada no corpo por um longo tempo. Podemos, também, encontrá-la nos alimentos:

• Vitamina D3 (cholecalciferol): encontrada em alguns alimentos de origem animal, como peixes gordurosos e gema de ovo.

• Vitamina D2 (ergocalciferol): encontrado em algumas plantas.

Das duas, a D3 é a que tem interesse para nós, porque é quase duas vezes mais eficiente em aumentar o nível sanguíneo de vitamina D do que a D2. A Vitamina D está envolvida em todos os tipos de processos, incluindo função imune e proteção contra o câncer. Então, pessoas que tem níveis baixos de vitamina D terão deficiência de calcitriol (a forma de hormônio esteroide) e, na prática, terão níveis baixos de um hormônio essencial para o corpo.

Sol é a melhor forma de incorporar Vitamina D. Quando nos expomos ao sol, os raios ultravioleta B (UVB) fornecem a energia necessária para esta reação ocorrer. Se você vive em um lugar em que o sol é abundante o ano inteiro, então, provavelmente, você já tem níveis bons de vitamina D, se tomar alguns dias de sol por ano. Mas veja bem: você precisa expor uma grande parte do seu corpo. Se você expõe apenas o rosto, braços e mãos, então você vai produzir muito menos vitamina D. Se você usa protetor solar ou fica em locais fechados, também vai produzir menos, ou às vezes, nada. A vitamina D pode ser estocada em seu corpo por um longo tempo, semanas ou meses, então você precisa apenas se expor ao sol ocasionalmente para manter os níveis sanguíneos adequados.

A deficiência de vitamina D é muito comum. Um estudo mostrou que 96% de pacientes que sofreram ataques do coração tinham níveis baixos. Infelizmente, tal deficiência é uma epidemia silenciosa. Os sintomas são sutis e talvez levem anos para aparecer. O sintoma mais conhecido da deficiência de vitamina D é uma doença chamada raquitismo. Sua deficiência também é associada com a osteoporose. Outros Estudos mostraram um maior risco de doença cardíaca, diabetes (1 e 2), câncer, demência e doenças autoimunes, como esclerose múltipla, apenas para listar algumas. Também foi associada a um risco aumentado de morte por todas as causas, incluindo a COVID19.

Por este motivo a vitamina D tem recebido atenção considerável nos últimos anos e décadas. Pesquisas tem recebido bastante financiamento e centenas de estudos tem sido feitos. Vejamos os potenciais benefícios de se obter bastante vitamina D:

• Osteoporose, quedas e fraturas: Níveis altos de vitamina D podem ajudar a prevenir osteoporose, quedas e fraturas em idosos.

• Força: aumenta a força em ambos membros inferiores e superiores.

• Câncer: Vitamina D pode ajudar a prevenir câncer. Um estudo mostrou que 1100 UI por dia, junto com cálcio ajudou a diminuir o risco em 60%.

• Depressão: Estudos têm mostrado que níveis adequados de vitamina D reduzem os sintomas da depressão.

• Diabetes Tipo 1: Estudos em crianças concluíram que 2000 UI de vitamina D por dia reduziu o risco de diabetes tipo 1 em 78%.

• Mortalidade: Níveis adequados de vitamina D reduziram o risco de mortalidade por todas as causas durante o período do estudo, indicando que talvez ela prolongue sua vida.

O tratamento e a prevenção de todas doenças apresentadas neste artigo, passa por um remédio rápido, prático, indolor e gratuito: o Sol. A exposição ao Sol por 10 a 20 minutos diários, dependendo da cor da sua pele, sem o uso de protetor. O melhor horário para esses banhos de sol é entre às 10 e 14 horas, onde obtemos a maior incidência de raios UVB. Mas cuidado para não passar do limite suportado pela sua cor de pele. Esse período varia de pessoa para pessoa. Para peles muito brancas, 8 minutos de exposição algumas vezes na semana já são o suficiente.

Para conhecer o seu limite, exponha-se ao sol no pico do verão, exatamente ao meio dia, munido de um cronômetro. Meça quanto tempo leva para sua pele começar a ficar vermelha, não queimar, simplesmente ficar avermelhada. Então, esse será o seu tempo máximo de exposição. Após esse período é aconselhável o uso de protetor solar, principalmente para a proteção dos raios UVA, que são os maiores responsáveis pelo câncer de pele.

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