EU ACREDITO! E VOCÊ?

Você e eu, fazemos parte de um conjunto que chamamos de Universo, uma parte limitada no tempo e no espaço. Experimentamos em nós mesmos, nossos pensamentos e sentimentos, como algo separado do restante, uma forma de ilusão óptica da nossa consciência. Essa ilusão nos aprisiona, nos restringe aos nossos desejos pessoais e a afetos momentâneos e próximos a nós mesmos. Se temos uma tarefa nesse Universo, ela seria nos libertarmos dessa prisão, expandindo nosso amor, até que ele inclua todas as criaturas vivas e o conjunto da natureza em sua grandiosa beleza. Somos capazes de alcançar este estágio de evolução, e a luta, por tal conquista é por si só uma parte da libertação e a base para nossa segurança interna.
Uma vida longa, com saúde, bem-estar e repleta de realizações é o desejo interno de cada um de nós. Mas estas realidades requerem um estilo de vida e uma interação com o meio em que vivemos muito especiais. Porque, estamos todos conectados uns com os outros e com todas as criaturas vivas em todos os níveis, do micro ao macro, do celular ao social. Na verdade, vivemos na ilusão da separação, por isto, sentimos como se estivéssemos sós em nossa caminhada. Mas em realidade, compartilhamos muito mais mais do que compreendemos, tanto no corpo quanto na mente. Estamos intimamente interligados com os demais e com a natureza.
Dentro do nosso corpo habitam outros organismos vivos, uma vida microbiana, o que nos torna seres simbióticos. Esses seres vivem em comunidades complexas no nosso intestino e pele. E, longe de serem inimigos, são eles que nos mantêm equilibrados e saudáveis. Sem esses organismos microbióticos, nosso sistema imunológico se torna fraco e estes microrganismos mandam sinais para o nosso cérebro nos deixando deprimidos. Mas isto também funciona de forma inversa, quando estamos estressados ou angustiados, afetamos a nossa microbiota, enfraquecendo o seu equilíbrio, afetando também as nossas células mitocondriais, as usinas produtoras de energia do nosso corpo.
Sabemos hoje, que em nosso intestino habitam milhões de microorganismos, sendo seu número 9 vezes maior que o número de células do nosso corpo. Ou seja, se pensarmos em número de unidades celulares, 90% de nós não é humano. Sim! Isto é espantoso, não é? E, se imaginarmos que nosso corpo, mais especificamente nosso intestino, seria o “planeta” destes microorganismos, então não é difícil de imaginar que, assim como nós somos capazes de influenciar o nosso ecossistema para torná-lo mais adequado à nossa existência, também estes seres devem ter seus mecanismos para tornar o seu ecossistema mais favorável à sua existência. Obviamente não estou aqui sugerindo que isto seja feito de forma consciente, mas que a natureza os deve ter provido de mecanismos instintivos para isto. Mecanismos que lhes permitam liberar substâncias químicas que interferem na modulação hormonal do nosso organismo como um todo, inclusive do nosso cérebro, para que nosso comportamento favoreça a sua existência dentro de nós. Para isto, a forma como nos sentimos ajusta aquilo que comemos, as atividades que fazemos e os hormônios que liberamos. Por isto chamamos estes microorganismos de “bactérias boas” e “bactérias ruins”. Elas não são, na verdade, essencialmente boas ou ruins. Mas sua existência pode ser favorável ou desfavorável à nossa própria. Então, diferentemente do comportamento das bactérias, o nosso comportamento deve se basear no conhecimento e na inteligência consciente e não, simplesmente, nos instintos. Principalmente quando nossos instintos podem estar sendo manipulados por estes “alienígenas” que habitam nosso intestino. Precisamos escolher alimentos e hábitos que favoreçam a proliferação de microorganismos favoráveis a nós e que sejam desfavoráveis àqueles que nos causem dano. Assim, com o tempo, passaremos a receber uma influência benéfica desta população que nos habita e nossos hábitos passarão a ser instintivamente melhores, desaparecendo o desconforto das compulsões que nos adoecem.
Devemos entender que somos seres interconectados uns com os outros, fisicamente e mentalmente, incorporando culturas sociais, pensamentos e sentimentos, moldados pelos ambientes sociais e físicos, e a nossa percepção dessa interação é extremamente importante à nossa saúde.
A ferramenta do século, a internet, permite que todas as mentes do mundo estejam conectadas. Cada texto como este, cada vídeo postado e assistido, deriva uma informação, um sentimento interno, podendo este, causar a cura ou a doença. Neste planeta compartilhamos tudo, o mesmo ambiente e o nosso legado genético, transmitido de geração para geração. E qual é o seu legado para a humanidade? Temos uma oportunidade limitada pelo tempo para deixarmos o nosso legado. Todos nós impactamos o mundo em que vivemos, quer percebamos ou não. Todos os dias, cada um de nós tem a oportunidade de influenciar de modo positivo a vida humana, seja a nossa própria vida ou a de outras pessoas. Tudo passa pela nossa atitude. E a base para uma nova compreensão da vida e da saúde está ligada a todos nós, mas partindo do coração e mente de cada individuo. A ciência oferece provas constantes de que a doença advém do desequilíbrio físico e mental. Por este motivo, encontrar o equilíbrio prefeito é a nossa missão e, a manutenção deste equilíbrio, o nosso legado.